terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"I was drawn to all the wrong things: I liked to drink, I was lazy, I didn't have a god, politics, ideas, ideals. I was settled into nothingness; a kind of non-being, and I accepted it. I didn't make for an interesting person. I didn't want to be interesting, it was too hard. What I really wanted was only a soft, hazy space to live in, and to be left alone." Charles Bukowski - Women

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Leicht.

"(...)
Temos facilidade para amar o outro nos seus tempos de harmonia. Quando realiza. Quando progride. Quando sua vida está organizada e seu coração está contente. Quando não há inabilidade alguma na nossa relação. Quando ele não nos desconcerta. Quando não denuncia a nossa própria limitação. A nossa própria confusão. A nossa própria dor. Fácil amar o outro aparentemente pronto. Aparentemente inteiro. Aparentemente estável. Que quando sofre não faz ruído algum.
(...)
É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chopp é gelado. (...) É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nos encontros erotizados, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.

Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. E fala o tempo todo do seu drama com a mesma mágoa. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado. 
(...)
Difícil é amar quando o outro repete o filme incontáveis vezes e a gente não aguenta mais a trilha sonora. Quando se enreda nos vícios da forma mais grosseira e caminha pela vida como uma estrela doída que ignora o próprio brilho. Quando se tranca na própria tristeza com o aparente conforto de quem passa um feriadão à beira-mar. Quando sua autoestima chega a um nível tão lastimável que, com sutileza ou não, afasta as pessoas que acreditam nele. Quando parece que nós também estamos incluídos nesse grupo.

Difícil é amar quem não está se amando. (...)" Texto de Ana Jácomo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


"All the weights that keep me down seem heavier than before, fate hits me in my face though you feel nothing. Only time will heal, you say. Your words, my therapy. But half of me is gone, my dearest treasure torn away. (...)"